quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

TSD Podcast 33 - ChubbY Entrevista + Mix


Take a step to Dub - Quem é o ChubbY? 

Chubby - Chamo-me Pedro São Bento, tenho 18 anos, sou residente no Cacém, e ChubbY era a minha alcunha em criança tendo tornado-se na minha designação enquanto produtor e dj, o interesse pela música revelou-se muito cedo, através de influências vindas do Rock, Metal e do Hip Hop, que levaram a interessar pelo Nu-Metal, Hardcore e Electrónica. 

Actualmente apresento ao mundo uma boa dose de Bass, que vai desde o chill, deep, Dubstep, Trap, Grime, Drumstep, Moombah, ao Drum n' Bass tentando apenas entreter o pessoal que gosta tanto de música electrónica como eu. 

TSD - Quando é que a produção/ djing entrou na tua vida e que impacto teve? 

C - O gosto pela produção e as primeiras ideias surgiram nos inícios de 2012, influenciado pelo Dubstep

A minha capacidade de criação e o conhecimento foram crescendo, até que pude apresentar-me ao mundo enquanto ChubbY pela primeira vez em Março de 2012 na República da música, junto de grandes artistas internacionais como Hooky [UK] e Dubsidia [ESP] e nacionais tais como Sinner, Smuggla, KaRaxiPZ, Zero, Run APC, Zeder e C-Netik.

A produção e o djing teve um grande impacto na minha vida, visto terem aberto a minha mente para um maneira diferente de ver a música, passando a compreender qual é o papel dos dj’s, bem como o que custa produzir as suas próprias músicas. 

TSD - Como é que o Dubstep entrou na tua vida e o que mais te chamou nele? 

C - Ouvi pela primeira vez em meados de 2010 e desde aí que me cativou, as minhas primeiras influências foram 16bit, Caspa, Doctor P, Funtcase, Flux Pavilion, Rusko,Cookie Monsta, Noah D, Borgore, JavanDee, entre muitos outros. 

O que me cativou mais foi a inovação em termos electrónicos que houve, e a conjugação dos mesmos ás vibes dub, reggae e garage, sendo que na altura fiquei : “Como é possível através de barulhos, zumbidos, gritos, ruídos, disparos de armas, efeitos robóticos fazer melodias, fazer música, e dar-lhe uma complexidade orquestral?" 

Isso motivou-me a ouvir mais e mais, até perceber que muita coisa que achava ser meramente random, tem a sua sequência e está tudo ligado do início ao fim. 

Foi o primeiro estilo musical que me deu gosto produzir, e aprendi muita coisa com ele, pelo facto que na minha opinião o Dubstep consegue englobar os outros todos, e as basslines são do mais complexo visto até agora na electrónica. 

TSD - Como vês o actual estado do Dubstep? 

C - Nos últimos anos o Dubstep cresceu em flecha a nível mundial, tanto na diversidade como na complexidade das respectivas basslines, acho que a produção cresceu a um tal  descalabro que qualquer barulho pode ser interpretado como Dubstep, apesar de não ser bem assim, e em que as melodias mais comerciais regem sobre as outras na maior parte dos países incluindo o nosso, ao ponto de se esquecerem das antigas vibes de onde o Dubstep floriu. 

Cativaram muita gente mas também fizeram com que muita gente rejeitasse o Dubstep, por acharem ser uma cambada de ruídos que não dão com nada. 

TSD - Em termos musicais, qual ou quais os projectos que tem te chamado atenção nos últimos tempos? 

C - A nível nacional tenho que salientar o trabalho do Rix Cena, que é um jovem de 17 anos muito promissor, com produções originais do melhor nível de um Dubstep bem mexido e que já conta com o apoio de alguns internacionais de topo, gostava de também salientar o Razat, sempre foi uma grande inspiração para mim desde que ouvi a Bass Overload, é um excelente produtor que vai desde do Dubstep, ao Trap, ao Drum n’ Bass ao deep ou mesmo chill entre outros, conta com grande experiência e formação e como tal sabe sempre se adaptar ao público e é uma besta a mixar, vai tudo abaixo garantido. 

A nível internacional o que me cativou mais nos últimos meses foram Munchi e Exude. Munchi, é um produtor de moombah, dubstep, trap entre outros, que recentemente avançou com um projecto trap, a meu ver bem futurista, por ter a batida do dubstep além dos elementos trap, e tarolas típicas do drum n’ bass/crossbreed, além de rap brasileiro e até mesmo breakdowns ao estilo Metal, o Exude é um jovem de 14 anos, que produz um Dubstep fortíssimo, com basslines assustadoras, nunca ouvidas, com notáveis influências Metal. 

TSD - Quais são os objectivos para o futuro? 

C - Num futuro próximo pretendo evoluir na minha versatilidade mixando e produzindo vários tipos de Dubstep, assim como Drum n’ Bass, Trap, Moombah, Hip-Hop e outros estilos da música electrónica que me cativam como o Trance e o Minimal. 

Num futuro mais longo pretendo produzir algo novo, misturando vários gostos meus, e fazer tudo do início ao fim, arranjar os materiais mais indicados assim como vozes preciosas nacionais, juntar aos meus sons hip-hop nacional, assim como desenvolver beats de Dubstep para que alguém colocar um rap por cima, mostrar aos artistas de hip-hop nacionais, que estão demasiado ligados ao 175bpm clássico que também estilem outros flows, ou seja apresentar o 140bpm, trazer o Grime para Portugal! 

Ser bom o suficiente para fazer uma tour pelo mundo e encher estádios. 

TSD - Uma mensagem para os nossos leitores. 

 C - Acho que se antes de rejeitarem o Dubstep deviam investigar e não se limitarem a escrever Dubstep no YouTube e a ouvir o primeiro que apareça, investiguem a sua história, e a sua progressão. 

Com tanta tralha já existente na Internet, não se pode ter uma opinião com o que está há primeira vista, hoje em dia os apoios são muito poucos e os materiais são escassos assim como as condições financeiras, mas um simples ‘gosto’ ou certas votações são muito importantes para nós artistas. 

Apoiem o que é nacional.



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